À hora dessas rezas, à noitinha,
Afogado em tristezas, e em pena,
Doce luz eu vi, pois, que se avizinha…
Perguntei-lhe: «Quem sois?» - «Meu nome é Lena.»
E tudo era color, ó Rosa minha,
Que à hora do fulgor, a Bela ordena…
Citereia lá vinha, era Rainha,
Que andorinha tu és, e flor amena.
E pois que a meiga branda, em flor de lis,
Demanda, meu Senhor, pela Sophia,
E pois que é deleitosa, e cor d’ Assis
A Rosa numa veiga se anuncia,
Eis Bela, a avena bela, é Beatriz,
Que a flor de anis anelo, e nasce o dia.
Lisboa, 10/ 04/ 1994
AVE MARIA, GRATIA PLENA
Paulo Jorge Brito e Abreu
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