terça-feira, 19 de julho de 2022

NOTA PARA UMA PUBLICAÇÃO CATÓLICA A DENEGRIR OS SANTOS QUE FIGURAM NAS IGREJAS CATÓLICAS:

Comentário enviado para a revista internética "Mensageiro de Santo António" e também para o Facebook e Linkedin:

Primeiro romance histórico de Nicola Vegro sobre o Santo, escreve-se em "Mensageiro de Santo António". Esta revista internética não conhece o "Santo António" de Agustina Bessa Luís, publicado, em 1973, pela Guimarães Editores? A frase do argumentista de filmes e documentários Nicola Vegro, extraída do livro "António Secreto" (tradução publicada recentemente, em Portugal, pelas Paulinas), não podia revelar melhor a intenção subreptícia do seu autor. Passo a transcrevê-la: "A imagem dos santos (...) com as suas atitudes patéticas, aquele ar melancólico, aquele toque anémico e evanescente que emana de todo o seu ser, como se fossem eunucos". Esta expressão de carácter negativo para denegrir os santos (imagens das igrejas) não podia ser mais insultuosa para as figuras a que se refere (patéticas, melancólicas, anémicas e até parecendo eunucos)! A editora Paulinas gosta de se revelar muito avançada em termos religiosos, de nivelar a pureza pelo impuro, e, ser, na verdade, uma editora que prima pelo populismo ou por aquilo que dá mais lucro. É assim que o cristianismo soçobra, definha, porque o que é preciso nesta sociedade vazia é agradar às massas populares que procuram que o espírito seja tragado pela matéria e esta passe a ter o exclusivo da existência humana.
19/7/2022

Teresa Ferrer Passos

RESPOSTA DA REVISTA “Mensageiro de Santo António” na rede social Linkedin:

O problema não são os santos, que, cada um na sua época e de acordo com o próprio carisma, procuraram viver com radicalidade a Boa Nova do Evangelho... O problema somos nós que os pintamos e deformamos tornando-os fofinhos e angélicos... assim não temos que nos comprometer no caminho duro da justiça e da paz. Como precisamos todos de olhos puros para ver um pouco mais além, olhando a realidade como ela é, sem a deformar pela lente das nossas verdades construidas no conforto do sofá e no abrigo do genuflexório.



Resposta de Teresa Ferrer Passos:

Esta resposta da revista "Mensageiro de Santo António" está eivada de uma má intenção intrínseca ao acusar as pessoas de "os pintarem e deformarem tornando-os fofinhos e angélicos". Mas o que é isto? Ser angélico também é mau?! Não foi uma figura angélica que Anunciou a Maria que iria ser a Mãe do Salvador? E conclui a revista que essas pessoas - o que é, à partida, abusivo dizer - assim não têm de se "comprometer no caminho duro da justiça e da paz", Em 2º lugar, a revista usa outro argumento demasiado mesquinho. É uma outra acusação da revista, não menos mal intencionada, afinal, como a primeira, refere-se à "deformação da realidade" que é o santo ser visto "pela lente das nossas verdades construídas no conforto do sofá e no abrigo do genuflexório". Mas quem lhes disse que essas pessoas não têm "olhos puros para verem um pouco mais além"? O que aqui foi escrito não passa de uma forma de ridicularizar quem não se conhece, pois é dito que "essas verdades foram construídas no conforto do sofá e no abrigo do genuflexório". Têm a certeza disso?! Como acusar, usando uma argumentação que ridiculariza quem não pensa como nós? E como estes procedimentos têm muito pouco de cristão!

20/7/2022

T. F. P.

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