Que palavra redonda e delicada,
Que fruto doce e colorido,
Tão diferente do fruto proibido
Como das trevas difere a madrugada.
Que amanhecer de cores entre a verdura,
Que estremecer de folhas tão secretas
Que escaparam à monda dos poetas
E te ornamentam agora a formosura.
Que luzes fantásticas de Outono,
Degraus de sol da larga escadaria
Da qual foi dito que um rei a subiria
E que Eros-Rei sobe hoje até ao trono!
Fernando Henrique de Passos
(in Teresa Ferrer Passos e Fernando Henrique de Passos, A Montanha ou a Peregrinação do Amor, Hora de Ler, Leiria, 2019, p. 53)
* * *
«Que luzes fantásticas de Outono», lindo!»
Teresa Ferrer Passos
«29 de Outubro de 1993, a data que esta poesia celebra, bem no meio do Outono...»
Fernando Henrique de Passos
«O dia da tua revelação do nosso futuro namoro, já à beira do noivado, a soltares-te, de súbito, de todos os outonos, com palavras a transformarem-se na mais límpida poesia.»
Teresa Ferrer Passos
«Um Outono que mais parecia uma Primavera...»
Fernando Henrique de Passos
(Comentários no Facebook, 4/Outubro/2019)
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