quinta-feira, 25 de julho de 2019

Um poema de Paulo Jorge Brito e Abreu

Azenha em Tomar

REVOLUÇÃO SOCIAL

                     «Ex toto corde», para a Teresa Ferrer Passos

Levantaste este mundo com alor,
Lapidado p'la Dor, e agonias,
Que o Sol é qual um grão de mel e cor,
E a messe, qual primórdio prò Messias.
«Senhor, aqui me tens!», diz o cantor.
«Envia-me prò credo e clerezias;
Tu faz, Tu faz de mim, ó Professor,
Vidente qual o divo de Isaías.»
Que eu vi sangrar, chorar o bom Jesus,
Meu amigo e meu Mana, meu irmão.
Se manava, dos Númenos, a flux,
O filho de Jacob e Joatão,
A lição é tirar Senhor da cruz:
Amor, e a maior Revolução.
   
Tomar, Cidade Templária, 11/ 11/ 2003
      
PAULO JORGE BRITO E ABREU

Nota do Autor: Para a Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung, personagem-Mana é pessoa carregada de poder mágico, místico ou sobrenatural.

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