domingo, 21 de julho de 2019

Um poema de «A Montanha ou a Peregrinação do Amor»

Entrada para a Biblioteca na Fundação Gulbenkian


porta que se abre

Chamo-te mistério: surgiste do nada
Como ideia pura da filosofia;
Abriste uma porta que estava fechada
Que eu já não supunha que alguém abriria.

Mas graças a Deus és de carne e osso,
És muito mais firme que uma ideia etérea,
E assim me salvaste daquele alvoroço
Que era atravessar sem rumo a matéria.

Mas o teu mistério, mesmo que concreto,
É tão insondável como os mais sublimes,
Mulher enviada por um Deus secreto,
Mulher que me guias e que me redimes…

        Fernando Henrique de Passos, A Montanha ou a Peregrinação do Amor, Hora de Ler, 2019 (livro escrito em co-autoria com Teresa Ferrer Passos)


Ao abrir-te a porta, eu entrei por ela... e fomos guias um do outro.
      
Coment in Facebook 21/7/2019
Teresa Ferrer Passos

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