na outonal videira de tanto fruto,
olhei uma folha amarelecida
e sem saber o que era o tempo.
Toquei-a devagar, com um suspiro eterno.
E encontrei-te aí, envolto em espanto.
Entrei nas suas linhas. Estavam cheias
das tuas entrelinhas. Sem palavras,
aí, vi-te, surpreso, à espera. À espera
de uma nova linha, mesmo secreta.
Mas a derramar a seiva de um grande amor.
29 de Outubro de 2017
Teresa Ferrer Passos
NO JARDIM DO AMOR
No Jardim do Amor
Há árvores muito altas
De troncos verticais,
Há águias de olhar firme
Voando sobre as nuvens,
Rochedos milenares
Crivados de cristais,
Exóticas papoilas
De cores nunca sonhadas,
Nascentes sulfurosas
Com água incandescente,
E feras agilíssimas
Escondidas na folhagem…
Mas num recanto calmo
Ao pé da calma fonte
Da qual só jorra mel
Namoram dois ratinhos,
Eternos namorados
Eternamente presos
Nos laços da ternura.
28/10/2017
No Jardim do Amor
Há árvores muito altas
De troncos verticais,
Há águias de olhar firme
Voando sobre as nuvens,
Rochedos milenares
Crivados de cristais,
Exóticas papoilas
De cores nunca sonhadas,
Nascentes sulfurosas
Com água incandescente,
E feras agilíssimas
Escondidas na folhagem…
Mas num recanto calmo
Ao pé da calma fonte
Da qual só jorra mel
Namoram dois ratinhos,
Eternos namorados
Eternamente presos
Nos laços da ternura.
28/10/2017
Fernando Henrique de Passos