(Ao
Fernando, no 23º aniversário do nosso primeiro encontro
na Fundação Gulbenkian)
Nos laços do espaço, não há o teu espaço
e o meu espaço. Tudo se mistura numa nuvem
ou num céu azul, como se fosse puro acaso.
E tudo se transforma nos segundos
que contamos entre minutos.
As nossas vozes ecoam em silêncio
e tocam-se. São uma só, e distintas.
O nosso amor impõe-se numa
distância, sem distância alguma.
E o nosso ser tem uma sintonia
que nenhuma razão explica.
E procuramo-la tantas vezes.
Procuramo-la até num tão simples gesto
como ligar um telemóvel.
20 de Julho de 2016
Teresa Ferrer
Passos
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