«A palavra kitsch designa a atitude daquele que quer agradar a qualquer preço e à maioria. Para agradar é necessário confirmar aquilo que toda a gente quer ouvir, estar ao serviço das ideias feitas. O kitsch é a tradução da patetice das ideias feitas para a linguagem da beleza e da emoção (...), Passados cinquenta anos, hoje, a frase de [Hermann] Broch torna-se ainda mais verdadeira. Dada a necessidade imperativa de agradar e de obter assim a atenção da maioria, a estética dos mass-média é inevitavelmente a do kitsch; e à medida que os mass-média abarcam e infiltram toda a nossa vida, o kitsch transforma-se na nossa estética e na nossa moral quotidiana»
Milan Kundera, "A Arte do Romance", Publicações D. Quixote, 2ª edição, 2002, p.186.
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