O que o Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho traçou na sua moção apresentada no XXXV Congresso do PSD foi o perfil do Presidente da República como Presidente da República e não antes de o ser. Quando afirma que o candidato do PSD à Presidência da República não deve ser “protagonista catalizador de qualquer conjunto de contrapoderes ou um catavento de opiniões erráticas”, está a definir o comportamento do candidato já como Presidente da República. A verdade é que “cataventos de opiniões erráticas” são todos os políticos, sempre que fazem comentários em jornais, rádios ou televisões, pelo menos antes de assumirem funções de Estado. Logo, Passos Coelho só está a avisar os eventuais candidatos à Presidência da República que como Presidente da República não podem comportar-se desse modo, mas sim como tem feito o actual Presidente da República, o Prof. Cavaco Silva: “O Presidente deve comportar-se como um árbitro ou moderador, movendo-se no respeito pelo papel dos partidos mas acima do plano dos partidos” mas, acrescenta na moção, “também não pode colocar-se contra os partidos ou os governos como se fosse apenas mais um protagonista político na disputa política geral». Tudo o resto que se infira das suas palavras é pura especulação política e jornalística.
Lisboa, 20 de Janeiro de 2014
Teresa Ferrer Passos
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