domingo, 1 de dezembro de 2013

Restauração da Independência

Monumento aos Restauradores da independência, em Lisboa
«E, se a cons­ciência de que o povo poderia ser o sustentáculo de uma Revolução se tornava nítida, a necessidade do braço armado dos nobres se levantar contra a tirania injusta, surgia como uma evidência.

Foi nesta ambiência que, após longas e reflectidas deambulações pelos serenos jardins do seu palácio, D. Antão e outros fidalgos começaram a planear os ca­minhos para a restauração da independência nacio­nal.

Inconformados com a subordinação ao estran­geiro, com a revolta latente nos corações, sentiam-se prontos para concretizar a acção que havia de derru­bar do trono uma soberania cada vez mais detestável.»

Teresa Ferrer Passos, A Restauração de 1640 e D. Antão de Almada, Universitária Editora, 1999, p.24.


***

Independência, hoje?


     Em 1 de Dezembro de 1640, os Portugueses repuseram a dignidade da sua Pátria, abatida pelo poder vergonhoso do estrangeiro dominador.

     Que hoje os nossos governantes não deixem aviltar-se por mais tempo a memória destes nossos antepassados.
     
     Há que reagir a uma submissão que nos silencia em questões de natureza interna, como a dos estaleiros navais de Viana do Castelo. Afinal,  Portugal faz parte de uma União Europeia que respeita as soberanias nacionais de todos os países que a constituem, ou está subordinado a uma União de países que nos emprestam, com juros mais ou menos altos, consoante aceitamos, ou não, as suas ordens sobre resoluções que deveriam respeitar apenas ao governo do Estado português?
     
     Com exigências desta ordem, a soberania nacional corrompe-se e o tecido social de Portugal vai-se desmoronando. Quem o reconstruirá?   

1 de Dezembro de 2013
                                                                   Teresa Ferrer Passos


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