Pequena memória do dia 20 de Julho de 1993
era uma tarde apagada. o sonho desfazia-se
num instante coberto da espuma nívea
num instante coberto da espuma nívea
das avenidas ao lado do grande jardim
em que as árvores se debruçavam sobre a canícula.
não me contive na derrota nem tão pouco me continha
agora nas suas sombras cheias de interrogações.
os ruídos do trânsito não desfaziam o meu silêncio esgotado
por um cansaço pintado pela imensidão do sol.
nada me afastava daquela realidade nefasta
a mostrar-se desavinda e imprevista.
sem quebra da espera nova avancei para o grande jardim.
aqui abriam-se portas que eu não via?
abriam-se janelas de par em par que eu tão pouco vislumbrava?
as faces pálidas ocultava-as eu entre as mãos trémulas e suadas.
desci a escadaria para a biblioteca apressada.
queria eu saborear o tempo de a descer
antes de perder mais uma batalha?
a constância da dúvida acompanhava-me mesmo assim.
não me contive na derrota nem tão pouco me continha
agora nas suas sombras cheias de interrogações.
os ruídos do trânsito não desfaziam o meu silêncio esgotado
por um cansaço pintado pela imensidão do sol.
nada me afastava daquela realidade nefasta
a mostrar-se desavinda e imprevista.
sem quebra da espera nova avancei para o grande jardim.
aqui abriam-se portas que eu não via?
abriam-se janelas de par em par que eu tão pouco vislumbrava?
as faces pálidas ocultava-as eu entre as mãos trémulas e suadas.
desci a escadaria para a biblioteca apressada.
queria eu saborear o tempo de a descer
antes de perder mais uma batalha?
a constância da dúvida acompanhava-me mesmo assim.
e foi precisamente naquela tarde infortunada que se juntou
a tua afortunada chegada.
20/7/2025
Teresa Ferrer Passos
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