PRODÍGIO
um lírio cresceu apagado, obscuro, desajeitado e a morte destino triste,
esperava-o desabrigada.
mas uma gota de água tocou-o,
deu-lhe amparo lentamente,
com paciência infinita.
todo o mundo duvidou do efeito benfazejo
só o lírio sequioso absorvia-a em delírio.
os anos passavam cheios de pasmo cada dia
e a gota de água e o lírio dentro do seu casulo
escreviam com doçura a fervura da vida.
o tempo ao ver tal prodígio
apagou-se da terra
e deixou que para sempre existissem.
19/2/2023
Teresa Ferrer Passos
Há dois noivos em frente a um altar
Mas podeis ver à transparência
Um futuro à beira de chegar
Feito de amor e paciência.
Há já andaimes que se elevam
Preparando a nova construção.
Da terra ao céu, urgência é o que levam,
Mas a pressa não convém à perfeição.
Esperai e vede, à luz da transparência,
O edifício que se ergue devagar.
Não vos falei em paciência?
Vereis no fim como foi bom esperar…
Mas podeis ver à transparência
Um futuro à beira de chegar
Feito de amor e paciência.
Há já andaimes que se elevam
Preparando a nova construção.
Da terra ao céu, urgência é o que levam,
Mas a pressa não convém à perfeição.
Esperai e vede, à luz da transparência,
O edifício que se ergue devagar.
Não vos falei em paciência?
Vereis no fim como foi bom esperar…
19/2/2023
Fernando Henrique de Passos
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