quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

No 26º aniversário do nosso casamento na igreja de S. Nicolau em Lisboa



MARE NOSTRUM 

Os dias foram estranhos, os dias que vieram, 
Em que eu e tu, de estranhos, tão próximos ficámos, 
E juntos navegámos por esse mar acima, 
A Norte da bonança, o leme a quatro mãos, 
Por noites tão cerradas que só raios brilhavam 
E o rasto que deixavam queimava como fogo. 

O mar era infinito e nós dois tão pequenos, 
O mar tão poderoso e nós como uns insetos, 
Perdidos em desertos, em vastidões vazias. 

E o tempo foi passando, e tanto mais unia 
Os dois que navegavam, o leme a quatro mãos. 
E o mar que me assustava com sua imensidão, 
O mar era dos dois, e ao fim de muitos anos, 
Por fim eu percebi: o nosso mar é Deus. 
    
19/2/2020 

Fernando Henrique de Passos

Sem comentários:

Enviar um comentário

Deixe aqui o seu comentário