a morte anunciada
a viver na angústia esgotante
no sofrimento interminável
sem palavras
as faces pálidas
o olhar parado
o ar rarefeito
a rejeitar os alimentos
a vida prostrada nos lençóis
a vida recusada tantas vezes
a morte distante
sem dó nem piedade
no sofrimento interminável
sem palavras
as faces pálidas
o olhar parado
o ar rarefeito
a rejeitar os alimentos
a vida prostrada nos lençóis
a vida recusada tantas vezes
a morte distante
sem dó nem piedade
e foi a morte que lhe trouxe a paz
1/2/2020
Teresa Ferrer Passos
A morte encontrou-se hoje com Maria de Lurdes Passos Silva (1922- 2020), a mãe do meu marido. Aos noventa e sete anos, partiu exausta, depois de pesada enxada a suportar.
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