Para o Amigo Carlos Carranca, nesta intranquila vereda da vida, este pequenino excerto da minha autobiografia romanceada de Cristo, «Jesus até ao fundo do coração» (2016, p.181):
«Um peso caiu no meu coração, a olhar ao redor. Comecei a penetrar com a luz a deprimente incoerência do sofrimento espalhado pela terra. E as minhas faces empalideciam cada vez que eu passava por alguém que travava uma difícil batalha com a doença. Nesses momentos, tinha a sensação de que o meu aspeto rude e quase envelhecido se modificava.
«Um peso caiu no meu coração, a olhar ao redor. Comecei a penetrar com a luz a deprimente incoerência do sofrimento espalhado pela terra. E as minhas faces empalideciam cada vez que eu passava por alguém que travava uma difícil batalha com a doença. Nesses momentos, tinha a sensação de que o meu aspeto rude e quase envelhecido se modificava.
Gotículas de suor brotavam das minhas faces. Formas estranhas rolavam entre os meus ossos salientes e escancaravam-se no meu corpo demasiado magro. As minhas mãos a tremer, entrelaçavam os meus cabelos. Sentia-me um sonho impossível, sem saber porquê.
Resguardava-me de todas as memórias que escandalizavam o mundo. Sem deixar de me sentir, mais do que todos, escandalizado.»
Teresa Ferrer Passos
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