Irmã Isaura Ventura com Teresa Ferrer Passos, junto à igreja do Convento de Vairão |
«Ó Senhora minha, ó minha Mãe, eu me ofereço todo a Vós,
e, em prova da minha devoção para convosco, Vos consagro, neste dia e para
sempre, os meus olhos, os meus ouvidos, a minha boca, o meu coração e
inteiramente todo o meu ser»
Na morte da Irmã Isaura Ventura da Congregação das Irmãs Reparadoras das Dores de Nossa Senhora, no dia 4 de Novembro, o início da oração de Consagração a Nossa Senhora é bem o modelo que ela serviu na vida e na longa doença que a enfraquecia física e mentalmente, dia a dia, até à paralisação numa cama, durante muito tempo. A paciência e a paz não se distinguiam nela. O sorriso, a mão que aperta a minha mão, quando a visito, em Fátima, já a doença ia avançada.
A causa das Aparições e das suas relações com o Cónego Formigão, fundador da sua Ordem, foi uma das suas batalhas mais encarniçadas enquanto a saúde a habitou. A revista Stella que dirigiu com grande saber e devoção, ao longo de vários anos, foi outra das suas batalhas, assim com o Almanaque de Nossa Senhora de Fátima publicado pela sua Congregação.
Porém, mais do que tudo isso, a Irmã Isaura constituiu, na minha experiência de encontro com ela, uma luz sempre acesa para me amparar nas horas difíceis, com uma voz preocupada na distância, essa distância a que sempre nos encontrámos, mas que com palavras breves, quase diariamente sussurradas (ao telefone ou em cartinhas chegadas pelo correio), eram uma presença fraterna, pronta.
À palavra de conforto, juntava-se a da oração, que nunca se cansava de dirigir a Jesus e a Sua Mãe Santíssima. A Irmã Isaura Ventura esteve presente durante muitos anos na minha vida como uma presença verdadeira, semelhante a uma mãe que vela, longe, mas com muito amor. Agora, lá, noutro além de nós, mais perto ainda de Deus, as suas preces não deixarão de ecoar no meu coração e naqueles que, como eu, a conheceram.
12 de Novembro de 2017
Teresa Ferrer
Passos
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