(invoco, para a Musa minha, o Arcano, o Arcaico do Mundo )
Tu és a criminosa, a deserdada...
Louca de Amor, à luz de um sonho puro,
Chorando nos jardins só de Epicuro,
Procuras tua vida, angustiada...
Procuras o teu sonho, já cansada,
O teu sonho de Amor e de futuro,
Mas eis que cais no chão, o chão é duro...
E tudo se te volve em cinza e nada.
À noite, pelas portas e aflita,
Tu és a Poetisa que bem grita:
«Que é do meu Amor, que estou doente???»
Mas as vozes e os astros, ó Lili,
Te dizem que eu já fui, que eu já parti...
E morres com Amor em tua mente.
SIC ITUR AD ASTRA
Paulo Jorge Brito e Abreu
Sem comentários:
Enviar um comentário
Deixe aqui o seu comentário