domingo, 19 de fevereiro de 2017

Alianças


Vi-te a caminhar na tempestade,
No dilúvio de luz no cimo da montanha.

Movias-te sem usares velocidade
Atraindo palavras que ligavas
De forma invulgar, de forma estranha,
Moldando uma taça onde guardavas
Os húmidos segredos da claridade,
A oculta aliança da crua realidade
Com o murmurar da fantasia…

…E nesse dia, ao desposar-te,
Desposei a arte e a poesia!

19/2/2017

Fernando Henrique de Passos

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