Poeta A. M. Couto Viana (1923-2010), colaborador da revista Limiana (Viana do Castelo) |
Soneto Breve e Leve
( in memoriam de António Manuel Couto Viana )
invoco, para a Musa minha, o 3 de Copas Arcano
Coas mãos esmigalhadas p’lo mundo da dor
Se ergue sempre o Poeta na sua fantasia.
O homem não contente cria mesmo com Amor:
Se hoje ele é Poeta, amanhã será Poesia.
Urge transformar num só verso maior
Poalha de poeira que é, no fim do dia,
Sal e escuridão volvendo-se em estertor:
Quando um mundo acaba, o outro principia.
Tiremos, entretanto, a Cristo a sua Cruz,
Louvemos o zagal e todos os trigais,
Crisantos animais que somos todos nós;
Pois assim era Buda e assim era Jesus,
Nitentes e notáveis doando aos naturais
A Virgem, visionada, e cansada, a minha voz.
Que Luz, 05/ 10/ 2016
AD MAJOREM DEI GLORIAM
Paulo Jorge Brito e Abreu
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