segunda-feira, 20 de julho de 2015

Palavras impossíveis

Cafetaria da Fundação Gulbenkian

os nossos olhos vítreos brilhavam devagar
nos contornos do chão liso e suspenso.
ali não havia mais que espaço e procura.

a serenidade infiltrada nas árvores
descia até ao fundo do nosso abismo,
dos nossos líquenes embebidos em vento.

Todas as folhas se vergavam ao nosso olhar
e desciam até às nossas almas a sibilar
um espanto único de palavras impossíveis. Ainda.

20 de Julho de 2015 (foi há 22 anos que nos conhecemos)

                                        Teresa Ferrer Passos

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