segunda-feira, 17 de novembro de 2025

 RECORDANDO O DIA DO ANIVERSÁRIO NATALÍCIO (8 de Novembro de 1923) DE FERNANDO DE PAÇOS (1923-2003), publicamos uma passagem do livro de Teresa Ferrer Passos intitulado «Fernando de Paços - Do "diário espiritual" inédito à poesia religiosa», Edições Carmelo, 2025, pág. 9-10:

«O “Diário espiritual” de Fernando de Paços é um manuscrito composto à medida que as interrogações sobre si se tornavam pertinentes. Escrevia de modo tosco, descuidado e pueril. Estas linhas foram escritas ao longo de doze anos, desde Abril de 1941 até Julho de 1953, quando deixava o lugar rural de S. João d’Arga, perto da sua cidadezinha, e rumava a Lisboa. Este rumo, tão inesperado, desenhara-se-lhe por influência do amigo e colega do liceu António Manuel Couto Viana.
É sobre essas linhas inéditas de Fernando Zamith de Passos Silva (nome completo), nascido em Viana do Castelo, em 8 de Novembro de 1923, essas linhas inéditas, dizíamos, a manifestar sempre a procura de um rumo que desejava ser indicado por Deus, que nos vamos debruçar. O manuscrito que nos chegou às mãos manteve-se desconhecido de seus familiares apesar de o autor o ter conservado na sua posse durante muitos anos. Em data desconhecida, deu-o a guardar a sua cunhada Esther de Lemos, que, poucos anos após a sua morte, os colocou à minha disposição e de meu marido, o seu único filho. Nas páginas do primeiro caderno do “Diário espiritual”, Fernando Zamith de Passos Silva assume vários pseudónimos, mas aquele com que identifica o seu diário é o de Fernando de Paços (este será o pseudónimo com que assinará a sua poesia e as mais de duas dezenas de peças de teatro infantil que publicou em vida).»

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Um Papa - o Papa Leão XIV - não é suficiente para entrar em colisão com os muitos séculos em que a Igreja Cristã classificou Maria, a Mãe de Jesus Cristo, como co-redentora. A expressão nada tem de errado, pois a Anunciação do Nascimento do Salvador, referida nos Evangelhos, é-lhe apresentada como um acontecimento em que ela era chamada pelo Espírito Santo a assumir a maternidade do Messias e Salvador da humanidade. Se aquela jovem o tivesse recusado, o Salvador não teria nascido. O Espírito Santo esperou pelo seu "Faça-se em mim a Sua Vontade". Maria mostrou-se disposta a colaborar no Nascimento de Cristo. Assim, há uma real colaboração humana com o Redentor, Jesus Cristo, e isso em nada lhe retira o lugar de primazia como o Redentor que encarnou o próprio Espírito Santo, a quem chamamos Deus.
11/11/2025
Teresa Ferrer Passos

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Athanasius, Bispo Auxiliar de Astana, Capital do Cazaquistão, responde ao Documento assinado pelo Papa Leão XIV (aqui, um pequeno excerto da publicação de Andrea de Jesus, no Facebook, hoje):
«(...) Pio XI afirma que, em virtude da Sua íntima associação à obra da Redenção, Maria merece com justiça o título de Corredentora. Ele escreve: “Por necessidade, o Redentor não podia deixar de associar a Sua Mãe à Sua obra. Por esta razão, invocamo-La sob o título de Co-redentora. Ela deu-nos o Salvador, acompanhou-O na obra da Redenção até à própria Cruz, partilhando com Ele as dores da agonia e da morte, nas quais Jesus consumou a Redenção do género humano. (...)
S. Efrém, o Sírio, Doutor do século IV, venerado pela Igreja como a “Harpa do Espírito Santo”, orou deste modo: “Minha Senhora, Mãe de Deus Santíssima e cheia de graça. Tu és a Esposa de Deus, por Quem fomos reconciliados. Depois da Trindade, Tu és a Senhora de todas as coisas; depois do Paráclito, Tu és outro consolador; e depois do Mediador, Tu és a Medianeira do Mundo inteiro, a salvação do universo. Depois de Deus, Tu és toda a nossa esperança. Eu Te saúdo, ó grande Medianeira da paz entre os homens e Deus, Mãe de Jesus nosso Senhor, que é o amor de todos os homens e de Deus, ao Qual sejam honra e bênção com o Pai e o Espírito Santo. Ámen.»
12/11/2025

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