sábado, 29 de novembro de 2025

NÓTULA SOBRE UM ACUSADOR

 Nuno Camarneiro, é um Professor da Universidade Católica que se mostra irredutível na ausência do cristão comportamento, da própria razão da vinda de Jesus o Cristo à Terra. Revela-se implacável ao ponto de acusar um ser humano de "ter um pacto com o demónio", expressão dos tempos da "Santa" Inquisição que condenava, por não aceitar a liberdade de expressão do pensamento adversária, à terrível morte pelo fogo. Este Professor da UNIVERDIDADE CATÓLICA chega mesmo ao ponto de vaticinar-lhe, cito, "Será esse, possivelmente, o título de uma futura biografia de André Ventura." Como pode ser credível este Professor que se apresenta como o Bom e revela nas suas frases condenatórias seguintes, um único motivo do seu discurso, o ódio? Como conseguir a mudança de rumo de um acusado com este sentimento nefasto, chamado ódio?!

Teresa Ferrer Passos,  Facebook, 29/11/2025


segunda-feira, 17 de novembro de 2025

 RECORDANDO O DIA DO ANIVERSÁRIO NATALÍCIO (8 de Novembro de 1923) DE FERNANDO DE PAÇOS (1923-2003), publicamos uma passagem do livro de Teresa Ferrer Passos intitulado «Fernando de Paços - Do "diário espiritual" inédito à poesia religiosa», Edições Carmelo, 2025, pág. 9-10:

«O “Diário espiritual” de Fernando de Paços é um manuscrito composto à medida que as interrogações sobre si se tornavam pertinentes. Escrevia de modo tosco, descuidado e pueril. Estas linhas foram escritas ao longo de doze anos, desde Abril de 1941 até Julho de 1953, quando deixava o lugar rural de S. João d’Arga, perto da sua cidadezinha, e rumava a Lisboa. Este rumo, tão inesperado, desenhara-se-lhe por influência do amigo e colega do liceu António Manuel Couto Viana.
É sobre essas linhas inéditas de Fernando Zamith de Passos Silva (nome completo), nascido em Viana do Castelo, em 8 de Novembro de 1923, essas linhas inéditas, dizíamos, a manifestar sempre a procura de um rumo que desejava ser indicado por Deus, que nos vamos debruçar. O manuscrito que nos chegou às mãos manteve-se desconhecido de seus familiares apesar de o autor o ter conservado na sua posse durante muitos anos. Em data desconhecida, deu-o a guardar a sua cunhada Esther de Lemos, que, poucos anos após a sua morte, os colocou à minha disposição e de meu marido, o seu único filho. Nas páginas do primeiro caderno do “Diário espiritual”, Fernando Zamith de Passos Silva assume vários pseudónimos, mas aquele com que identifica o seu diário é o de Fernando de Paços (este será o pseudónimo com que assinará a sua poesia e as mais de duas dezenas de peças de teatro infantil que publicou em vida).»

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Um Papa - o Papa Leão XIV - não é suficiente para entrar em colisão com os muitos séculos em que a Igreja Cristã classificou Maria, a Mãe de Jesus Cristo, como co-redentora. A expressão nada tem de errado, pois a Anunciação do Nascimento do Salvador, referida nos Evangelhos, é-lhe apresentada como um acontecimento em que ela era chamada pelo Espírito Santo a assumir a maternidade do Messias e Salvador da humanidade. Se aquela jovem o tivesse recusado, o Salvador não teria nascido. O Espírito Santo esperou pelo seu "Faça-se em mim a Sua Vontade". Maria mostrou-se disposta a colaborar no Nascimento de Cristo. Assim, há uma real colaboração humana com o Redentor, Jesus Cristo, e isso em nada lhe retira o lugar de primazia como o Redentor que encarnou o próprio Espírito Santo, a quem chamamos Deus.
11/11/2025
Teresa Ferrer Passos

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Athanasius, Bispo Auxiliar de Astana, Capital do Cazaquistão, responde ao Documento assinado pelo Papa Leão XIV (aqui, um pequeno excerto da publicação de Andrea de Jesus, no Facebook, hoje):
«(...) Pio XI afirma que, em virtude da Sua íntima associação à obra da Redenção, Maria merece com justiça o título de Corredentora. Ele escreve: “Por necessidade, o Redentor não podia deixar de associar a Sua Mãe à Sua obra. Por esta razão, invocamo-La sob o título de Co-redentora. Ela deu-nos o Salvador, acompanhou-O na obra da Redenção até à própria Cruz, partilhando com Ele as dores da agonia e da morte, nas quais Jesus consumou a Redenção do género humano. (...)
S. Efrém, o Sírio, Doutor do século IV, venerado pela Igreja como a “Harpa do Espírito Santo”, orou deste modo: “Minha Senhora, Mãe de Deus Santíssima e cheia de graça. Tu és a Esposa de Deus, por Quem fomos reconciliados. Depois da Trindade, Tu és a Senhora de todas as coisas; depois do Paráclito, Tu és outro consolador; e depois do Mediador, Tu és a Medianeira do Mundo inteiro, a salvação do universo. Depois de Deus, Tu és toda a nossa esperança. Eu Te saúdo, ó grande Medianeira da paz entre os homens e Deus, Mãe de Jesus nosso Senhor, que é o amor de todos os homens e de Deus, ao Qual sejam honra e bênção com o Pai e o Espírito Santo. Ámen.»
12/11/2025

 O Presidente de Angola João Lourenço desrespeitou o Presidente da República Portuguesa num discurso proferido a propósito dos "50 anos da independência de Angola", oferecida pelo Governo de Portugal, após o 25 de Abril de 1974. Nesse discurso, criticou a herança do colonialismo português, lembrando que Angola foi “oprimida e escravizada durante séculos” pelos Portugueses. Esqueceu-se, infelizmente, de concretizar os factos históricos que comprovariam essa "escravidão" exercida ao longo desses quatro "séculos de escravatura", como acusou!

17/11/2025 Teresa Ferrer Passos

sexta-feira, 7 de novembro de 2025

PERTO DO CORAÇÃO DE SUA MÃE


                     a uma mulher da Guiné e à sua menina quase a nascer


quase a nascer a menina toda depende de sua mãe.
cobre-a um frio de neve e as lágrimas flagelam
seus olhos a entreabrirem-se de susto.
encobrindo-se na pele de sua mãe
escorrega-lhe das mãozinhas
uma suave caricia inesperada.
o seu coração pequenino procura o de sua mãe,
uma mulher já fraca demais, a ansiar não a perder de si.
viera para uma terra alheia, viera à espera de socorro.
da sua terra saíra em busca de salvação.
mas a terra, que parecia a prometida, agora
mandava-a para casa.
está tudo bem está tudo bem, ouvira.
com o coração sem compasso
estremece aquela mãe. porém a sua menina
não sente já o coração da mãe
perdera-o dos seus lábios trémulos.
um vento forte demais afastara-as
para sempre...
num cemitério entraram ambas à mesma hora.
breve fora o tempo do seu encontro.
que vida tão curta tivera a menina!
mas ela agora seguia de novo
o coração, o coração de sua mãe.

4 de Novembro de 2025
                                        Teresa Ferrer Passos



quarta-feira, 5 de novembro de 2025

GUIADOS PELA LUZ


Lanterna chinesa Ming

És luz na minha noite.

És luz de brilho mágico,
Capaz de iluminar
Os poços mais escuros,
Capaz de desvendar
Segredos ancestrais,
Capaz de revelar
Mil formas não sonhadas,
Trazendo à superfície
Do mundo da matéria
Indícios cintilantes
Das santas leis do Espírito.

És luz na minha noite,
Por ti tornada dia.
És anjo mensageiro
Com novas do Altíssimo.
És doce companheira
Do meu peregrinar.

Aquele anel singelo
Que um dia te ofereci
Desfaz-se agora em bênçãos
Que não sei se mereço,
Oh luz na minha noite!


5/11/2025
                 Fernando Henrique de Passos

ACÁCIA DE JARDIM A FLORIR


naquele dia cresceram jardins dentro de mim.
dia cheio de uma magia que eu desconhecia.
senti uma aragem a soltar-me os pensamentos
a ganharem novo rumos.

naquele dia ofuscada
por névoas e lágrimas e abandono
via as rosas crescerem mais depressa
e vi também na tua mão a rosa mais
vermelha da terra onde nasci.
irradiava uma luz trémula, baça, estranha
e nela descobri um mistério denso
envolto num real imaginário que não era vulgar.

naquele dia não me inundou mais a pobreza
de simples olhares a desviarem-se
nem silêncios perdidos de palavras.
um vulcão de lava com uma cor nunca vista
parecia ter-me tocado como se fosse uma asa
a pousar ao de leve no ramo
de uma acácia de jardim a florir pela primeira vez.

5/Novembro/2025
                                              Teresa Ferrer Passos