sexta-feira, 23 de agosto de 2024
MAIS UM INSULTO À MULHER
TEMPOS IDOS QUE NÃO PASSAM
sábado, 17 de agosto de 2024
LEMBRAR Mário de Sá-Carneiro
sexta-feira, 9 de agosto de 2024
UM POEMA
segunda-feira, 5 de agosto de 2024
ACERCA DA POLÉMICA que eclodiu na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024
"A Festa dos Deuses é uma pintura do artista holandês da Idade de Ouro de Utrecht Jan Harmensz van Bijlert", diz Jolli, o representante dos Jogos. Ora esta pintura é uma expressão mitológica com caráter burlesco, pois a figura central tem um resplendor, alusão à santidade da figura, o Cristo; as outras personagens comportam-se como se conversassem, gesticulando, como na "Última Ceia" de Leonardo da Vinci; há ainda uma nítida alusão à última ceia de Cristo e os discípulos ao colocarem-se num só lado da mesa, como acontece com o quadro de Leonardo da Vinci e com tantos outros pintores como a do holandês Jan Erasmus Quellinus (1634-1715). Estes pormenores do pintor Jan Harmensz, mostram à evidência que este quis parodiar a Última Ceia de Cristo, tal como o autor das imagens-quadro da cerimónia de apresentação dos Jogos Olímpicos Paris/2024. Até a perspetiva que é dada às figuras na mesa da "Ceia woke" mostra com marcada evidência o caráter caricatural ou paródico da imagem apresentada na Cerimónia de abertura destes Jogos Olímpicos. E como satiriza o pintor Jan Harmensz? Recorrendo à ultrapassada mitologia politeísta greco-romana que há longos séculos já ninguém venerava. O tempo dos ídolos morrera, mas não morrera para os pintores anti-cristãos que entendiam o burlesco, a troça, como o melhor meio de combater Cristo e os seus seguidores. Ridicularizar é uma forma de combate político e ideológico que continua na sociedade atual como se está a ver nesta cena "woke" na abertura dos Jogos Olímpicos.
Facebook 30/7/2024 (publicado em vários comentários)
domingo, 4 de agosto de 2024
UM POEMA
quando o tempo passa sobre as folhas dos altos plátanos
da minha rua, o seu verde intenso perde-se e não volta.
a cor infringe a cor da relva,
mais verde que a esperança.
um avatar cobre-as de um amarelo frouxo,
perdido do sonho de ser eternidade.
incapazes de entender, pois entendimento não têm,
tornam-se um cavalo a romper o bosque denso.
cada folha de tom amarelo-baço
solta-se dos ramos e o vento lesto,
eleva-as como brinquedos
nas mãos de uma criança que o mundo
ainda desconhece.
ouço pela janela entreaberta o vento a uivar.
a força estonteia-o. de que poder dispõe?
vejo pela janela entreaberta os ramos contorcidos
e as folhas a soltarem-se.
impotentes rolam pela rua como se fossem
apenas um pouco nada, um impossível ainda a ser,
e são apenas um não-ser que espera ser.
olho a vida breve das folhas feitas
de avatares nem sonhados.
como se desvaneceu o brilho intenso das folhas?
perdeu-se apesar de assentes em magníficas árvores
de raízes fundíssimas. poderosas. imponentes.
agora, toco a certeza de que tudo vive envolto
em incerteza, nada se renova,
nada se perpetua, nada se fortifica.
esta a única verdade que nos dá a vida.
e resvalamos para o gosto da perpetuidade.
vivemos à espera da mudança grandiosa e dos louvores.
oh grande ilusão esperar poder subir mais alto,
sempre mais e mais, sem ver quanto tudo é precário.
oh perdição, oh vanitas, oh coisa vã, insana,
oh vão desejo, oh grande engano deste mundo.
deste mundo em que tudo é passageiro.
4/Agosto/2024
Teresa Ferrer Passos