VISÃO PARCA
na transparência dos silêncios abrem-se
anéis de fumo a perturbarem-me a visão do tempo.
Perco-me a pouco e pouco das horas.
Não descubro o que se eleva ou se transmite.
A minha alma alheia-se na hora derradeira.
No espaço vejo um místico abismo.
anéis de fumo a perturbarem-me a visão do tempo.
Perco-me a pouco e pouco das horas.
Não descubro o que se eleva ou se transmite.
A minha alma alheia-se na hora derradeira.
No espaço vejo um místico abismo.
Não sei sequer quem é.
À distância vislumbro trilhos impossíveis de atravessar.
Rumos pedregosos parecem esconder-me um rio
de flamejantes águas. Afinal desavindas com o mundo.
Martelam o fundo de cada grito que escuto.
Inóspito lugar. Ruídos temerosos. Luzes apagadas.
O desconcerto da vida é uma sombra.
Aqui está a verdade que descortino.
Num instante.
Só um relevo na planície ainda me mostra o mar.
À distância vislumbro trilhos impossíveis de atravessar.
Rumos pedregosos parecem esconder-me um rio
de flamejantes águas. Afinal desavindas com o mundo.
Martelam o fundo de cada grito que escuto.
Inóspito lugar. Ruídos temerosos. Luzes apagadas.
O desconcerto da vida é uma sombra.
Aqui está a verdade que descortino.
Num instante.
Só um relevo na planície ainda me mostra o mar.
Porquê?
17/Abril/2024
Teresa Ferrer Passos