ANTÓNIO RAMOS ROSA (1924, 17/10-2013, 23/9) - Tendo recebido o PRÉMIO PESSOA, o PRÉMIO NACIONAL DE LITERATURA, entre outros, fundou e colaborou com ensaios literários nas revistas Cassiopeia, Árvore e Cadernos do Meio-Dia. Além de uma vasta e polimórfica obra poética, cultivou o ensaio literário e ideológico sobretudo na obra Poesia Liberdade Livre.
«Pedra e a perfeição, essa frescura
da pedra negra e alta
da matéria da linguagem e nos lábios
feridos da pureza numa festa.
da pedra negra e alta
da matéria da linguagem e nos lábios
feridos da pureza numa festa.
Festa do mar e da palavra livre
que festa seria do corpo libertado?
Aqui cintila a coluna do não-ser
aqui se perde a pedra e o fogo livre.
Aqui se acende todavia a pedra
de um outro fogo do mar de uma outra festa
que viria da palavra de outro ser.»
de um outro fogo do mar de uma outra festa
que viria da palavra de outro ser.»
António Ramos Rosa, O Incêndio dos Aspectos, A Regra do Jogo Edições, Lisboa, 1980, p.83.
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