sexta-feira, 29 de outubro de 2021

POEMAS-MEMÓRIA




VENTO DE OUTONO


                   No 28º aniversário do início do nosso namoro


Vi as ondas de um caminho outro em frente de mim.
Vi. Mas não sei já o que pensei naquela manhã-tarde.
Só sei que subi até um sol distante e aqui.
Tudo, no nada em que me inscrevia
se tornava real. Era lua quarto-crescente
algures na linha do horizonte.
Rompia um arco-íris perto do mar ignoto,
algures no areal longo.
Descobria num instante único que aqui estavas
como folha débil de outono e já a elevar-se
num vento a vir do mais fundo de ti.

29 de Outubro de 2021

                                   Teresa Ferrer Passos



POESIA VIVA


Tu és o poema que eu queria escrever.
Quando procurava figuras de estilo
Para construí-lo,
Foste acontecer!

Foste acontecer como por magia,
Concretização dos meus devaneios.
Mas não nasceria dos meus pobres meios
Tão bela poesia!

Poesia sonhada, sonho sem ter fim,
Sonho que é real, que é feito de luz,
E que tem um fito, e que me conduz:
Se eu não te escrevi, tu escreves em mim!

29/10/2021


                          Fernando Henrique de Passos

domingo, 17 de outubro de 2021

Amanhã, a literatura?



A propósito de Astronomia de Mário Cláudio. Uma literatura a seguir um caminho cada vez mais esotérico. Não sei para onde vai a palavra humana... E será esta literatura que vai ter futuro?

                                                                                                         T.F.P.


quarta-feira, 13 de outubro de 2021

Lembrando o 13 de Outubro de 1917

Representação da Santíssima Virgem Maria,
 sua mãe e seu pai, Santa Ana e S. Joaquim.
Pintura de Francisco Zurbarán (1598-1664)

O milagre do Sol a renovar-se, em cada 13 de outubro. Desde 1917. O milagre pedido por Lúcia, a pequenina pastora da Cova de Iria, para que acreditassem nela. Hoje, a Mãe de Jesus, a Virgem Santíssima, permanece no mundo. A sua presença a transmitir a Verdade. E a Verdade, muitos a rejeitam.
T.F.P.

domingo, 10 de outubro de 2021

MEMÓRIA do advogado José Jacinto Bernardino (1888-1962) no aniversário da sua morte


Da direita para a esquerda: avô, pai, eu e avó


INFORTÚNIO

                                 Ao meu avô paterno

Naquele dia outonal, na pequena Alcantarilha,
a mãe mostra o filhinho e logo um voto formula:
hás de servir a Deus, abençoado menino,
hás de ser padre, se tal honra me for dada.

Seu desejo maternal não se realizou, como esperava.
o direito, a lei, a justiça, iam um dia desviá-lo.
O seu sonho era defender a gente
que num banco de réu se sentasse,
fosse rica ou pobre fosse.
"Vou defender quem precisa", pensava, todo a vibrar.
era preciso estudar e a Coimbra rumou.
Um curso de Direito concluiu.
E lá conheceu a mulher que desposaria.
Já em Lisboa, um filho nasceu. Que alegria!
E a todos defendia com a voz da emoção.
as lágrimas a atravessá-lo, quantas vezes as sustinha.
O casamento falhado. Mal amado, vivia.
A desventura sofreu com sabedoria.
Só o tempo das férias lhe dava um certo consolo:
podia voltar à aldeia, aos pais, aos irmãos...
Buscava o amor e a paz que não tinha em sua casa.

Velho e doente, regressa a Alcantarilha.
poucos meses lhe restam. É a hora. A morte espreita.
Definitivo regresso.
A paz de espírito nasce
e na aldeia amada repousa, enfim.


10 de Outubro de 2021

                      Teresa Ferrer Passos/Teresa Bernardino




segunda-feira, 4 de outubro de 2021

DIA DE S. FRANCISCO DE ASSIS

 


"Francisco, a minha igreja está em ruínas... reconstrói-a"! E as obras começaram, mas não eram essas as obras necessárias, as obras tinham de ser feitas nos corações.
4/10/2021

S. Francisco de Assis foi chamado por Deus para reconstruir a Sua Igreja que estava em ruínas. Hoje, como no seu tempo, as arbitrariedades, os abusos desfiguram a Igreja de Jesus, o Cristo. O "resto", como diziam os profetas de Israel, não pode ficar paralisado!
9/10/2021
Teresa Ferrer Passos