O MEU NOME
Não serei nunca o meu nome, ele é uma falsa
imagem de mim. Eu não estou nele. Um nome
é uma transmutação. Afasta-se de nós.
Como uma marca apaga-se depressa, semelhante
a um número entre tantos outros,
pura abstração sem conteúdo algum.
Sei que não sou o meu nome. Quem sou, afinal?
Talvez não seja mais que uma palavra
que só se ouviu quando a proferi,
no mais dentro de mim.
4/Novembro/2020
Teresa Ferrer Passos
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