«Quando, em Abril de 2019, li o livro “Matéria negra: uma teoria da literatura e da crítica literária”, foi com deslumbramento. Era a primeira vez que lia algo sobre poesia com podia identificar-me totalmente. Obra vastamente ignorada (pelo menos no que respeita à sua aplicação), parece-me, porque não está de acordo com os cânones que caracterizam os que definem, modernamente, e neste país, as linhas estéticas, e outras, da literatura em geral, e da poesia, em particular.»
Carlos Lopes Pires, Post in Facebook [excerto] (24/1/2020)
«Segundo os Físicos, a matéria negra até pode não existir... Em transposição para a literatura e, em especial para a poesia, o poema, diria eu, o poema poético, vive daquilo a que o Carlos Lopes Pires chama a ignorância de si, a ignorância de uma realidade (a sua própria realidade) que, de tão revestida de uma presença tão invisível e mesmo fugaz, até pode parecer não existir, tal como a matéria escura do universo. A obra de Manuel Frias Martins "Matéria negra: uma teoria da literatura e da crítica literária” é uma chamada de atenção, parece-nos, para as raízes escondidas ou desconhecidas da arte a que se chama literatura (o escritor é um abismo perante si próprio) ou crítica literária (o crítico confronta-se com um abismo que é o próprio autor confrontado com ele próprio, crítico literário).»
Teresa Ferrer Passos in Facebook, coment a Carlos Lopes Pires (25/1/2020)
«Totalmente de acordo.
«A Teresa já me conhece há muitos anos (sou seu padrinho de casamento) e sabe que, realmente, os meus conhecimentos literários escasseiam. E não estou a armar-me em modesto: é mesmo verdade. Mas cada um de nós, durante a sua vida mais ou menos curta (acho que todas as vidas são curtas, desde que desejadas), reflete sobre a sua existência. Sempre me senti bem na poesia, e sempre senti que a poesia "é outra coisa". Agora pensem só no meu espanto, espanto maravilhado quando encontro naquele livro escrito o que a mim me parecia. Até a expressão de que a poesia "é outra coisa" (que comecei a usar, salvo erro, em 2017) lá estava. Então pergunto-me o que são coincidências. É de livros e pessoas assim, tal como o seu comentário, Teresa, que dão uma espécie de sentido à vida. Como se fosse um grande abraço.»
Carlos Lopes Pires, resposta in Facebook 25/1/2020
«Totalmente de acordo.
«A Teresa já me conhece há muitos anos (sou seu padrinho de casamento) e sabe que, realmente, os meus conhecimentos literários escasseiam. E não estou a armar-me em modesto: é mesmo verdade. Mas cada um de nós, durante a sua vida mais ou menos curta (acho que todas as vidas são curtas, desde que desejadas), reflete sobre a sua existência. Sempre me senti bem na poesia, e sempre senti que a poesia "é outra coisa". Agora pensem só no meu espanto, espanto maravilhado quando encontro naquele livro escrito o que a mim me parecia. Até a expressão de que a poesia "é outra coisa" (que comecei a usar, salvo erro, em 2017) lá estava. Então pergunto-me o que são coincidências. É de livros e pessoas assim, tal como o seu comentário, Teresa, que dão uma espécie de sentido à vida. Como se fosse um grande abraço.»
Carlos Lopes Pires, resposta in Facebook 25/1/2020
«A sua reflexão, de longa data, sobre a psicologia, já é algo que não pode deixar de incluir uma reflexão entre literatura e poética. E criar uma poesia original, como a sua, nos tempos que correm, não é mérito pouco valioso. E, daqui vai na palavra de um sentimento, um abraço Carlos Lopes Pires!»
Teresa Ferrer Passos, Coment-resposta in Facebook, 26/1/2020
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