Olho as horas, simples como a alma
e a soarem como grandes
sinfonias.
Não sabem nada da vida
e crescem nos planaltos sem
palavras.
Ouço as horas a gritar por ternura,
os seus traços recusam o
silêncio.
Porém, as horas não passam
pelos anos,
são diversas, ondulantes,
imprevistas.
Sinto as horas piedosas exultantes de
alegria,
se apenas as olhamos e
sorvemos.
Sinto-as envoltas num
grande amor,
quando não são um
simulacro,
nem habitam existências
frustres
ou ultrapassam as falsas
aparências dos sentidos.
Porque deles, as horas, não
precisam!
19/2/2019 (no 25º aniversário do nosso casamento)
Teresa Ferrer Passos
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