O Papa emérito Bento XVI escreveu uma carta por ocasião da apresentação de A Teologia do Papa Francisco, da Livraria Editora Vaticana, sublinhando: «Aplaudo esta iniciativa que se opõe e reage ao preconceito tolo segundo o qual o Papa Francisco seria apenas um homem prático, desprovido de uma particular formação teológica ou filosófica, enquanto eu seria unicamente um teórico da teologia que teria pouco entendido a vida concreta de um cristão hoje».
Estas palavras do Papa Bento XVI mostram como estes cinco anos do Pontificado de Francisco trouxeram um sucessor de quem se sente orgulhoso. Nestes cinco anos, o Bispo de Roma foi capaz de dinamizar a Igreja Universal, com uma linguagem certeira, sem lhe retirar uma funda reflexão ao fazer notáveis comentários do Evangelho, com duas dimensões maiores: o rumo aos pobres e o rumo às virtudes.
O Papa Francisco ressuscitou, após quase oito séculos, o espírito bom e sábio daquele Francisco de Assis que orando, perguntou a Jesus: «Senhor, que quereis que eu faça?». E ouviu esta resposta: «Reconstrói a minha igreja que está em ruínas». Os dois rumos - o dos pobres e o das virtudes - também têm estado sempre presentes no espírito e na ação do Papa Francisco.
Em Francisco de Assis e no Papa Francisco, os dois rumos foram seguidos até à ousadia, ao risco, à perseguição dos seus contemporâneos. Este o preço, hoje como no passado, de estar disposto a perseverar, com indomável vontade, numa fé inabalável.
13 de Março de 2018
Teresa Ferrer Passos
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