Ventura foi a minha aventura de dar, na
transparência do ser.
O princípio de mim
e o fim de ti entre-cruzados.
A paz a soltar-se e a sorver, sem tréguas,
a angústia acumulada e já caída por terra.
O olhar doce do meu caminho penetra a tua pureza.
As tuas palavras fundas e tão simples,
sem tempo algum, brotam cada hora em mim.
A leveza da paixão paira na memória,
desconhecendo o que é o fim e quase sem princípio.
O tempo da paixão,
igual desde o começo até ao fim do tempo,
num amor sem contar as horas, os dias ou os anos.
Só os relógios nos lembram a data, afinal, inesquecível!
19 de Fevereiro de 2018
(no 24º aniversário do nosso casamento
na igreja de S. Nicolau, em Lisboa, sete meses
após nos termos conhecido na Fundação Gulbenkian)
Teresa Ferrer Passos
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