sábado, 22 de dezembro de 2018

Na morte de Catalina Pestana (1946-2018)

Foto da turma do Liceu de Oeiras, em que a Catalina é a
terceira a contar da esquerda, na última fila. 

Catalina Batalha Pestana, uma voz que se ergueu em defesa das crianças e adolescentes, vítimas de pedofilia, como Provedora da Casa Pia de Lisboa. Faleceu esta madrugada, num hospital de Lisboa, depois de defrontar uma doença degenerativa que se pautou por vários anos de sofrimento. Nesta pequena homenagem à Catalina, lembro aqui a sua personalidade invulgar, que conheci como colega (na alínea de História e Filosofia), no liceu de Oeiras, na turma dos dois anos lectivos pré-universitários(1965/1967). O seu carácter generoso e abnegado, a sua capacidade de comunicação, o seu gosto pela mudança dos costumes e da sociedade, acabaram por conseguir agregar num todo, uma turma com alunos de formações e orientações ideológicas muito diferentes. A Catalina era, como o nome augurava, uma Batalhadora, nem sempre reconhecida. Era, então, uma jovem cujo apelido se concretizava no seu ideal de luta contra as injustiças e os preconceitos que vigoravam nesses anos, em que a democracia vivia enclausurada numa ditadura impenitente. 

22/12/2018

Teresa Ferrer Passos (heterónimo Teresa Bernardino) 

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