SEIVA DOCE
Ao Fernando, no dia dos seus anos
na névoa inebriante de uma só dúvida,
ergo-me no dia nascente,
amortecido pela noite.
A custo, despertam cinzas que se espalham
no ar desta manhã de inverno.
A tiritar de um frio estranho,
sem paredes protetoras, procuro o calor,
mesmo nas tuas mãos geladas de incerteza.
Nelas, instalo o sopro de uma brisa cálida
vinda até o meu coração. Vinda talvez de uma onda larga,
talvez de um mar sem fim.
Desço até ao dentro da tua vontade. E perco-me
de mim. Só tu estás aqui, reparo.
Escrevo nas tuas folhas de cor esmeralda.
E penetro, enfim, na sua seiva doce.
ergo-me no dia nascente,
amortecido pela noite.
A custo, despertam cinzas que se espalham
no ar desta manhã de inverno.
A tiritar de um frio estranho,
sem paredes protetoras, procuro o calor,
mesmo nas tuas mãos geladas de incerteza.
Nelas, instalo o sopro de uma brisa cálida
vinda até o meu coração. Vinda talvez de uma onda larga,
talvez de um mar sem fim.
Desço até ao dentro da tua vontade. E perco-me
de mim. Só tu estás aqui, reparo.
Escrevo nas tuas folhas de cor esmeralda.
E penetro, enfim, na sua seiva doce.
14 de Janeiro de 2024
Teresa Ferrer Passos