terça-feira, 26 de setembro de 2017

E as praxes académicas continuam pela cidade...


Nas traseiras da minha casa, há um relvado aprazível, perto de uma passagem pedonal para o Monsanto, bem perto do C.C. Fonte Nova. De súbito, gritos violentos, em uníssono. Treinos de um comando militar, aqui, interroguei-me. Não pode ser! Vou à varanda. E vejo algumas dezenas de raparigas e rapazes de capa negras a praxarem. Não será, usando um termo mais preciso, a torturarem outros/as, os caloiros? Acabei por sair de casa, não pude continuar a deixar-me torturar pelo que vi estar a acontecer! Afinal, começam a aprender isto ao entraram na universidade... Há anos que isto acontece! Já houve mortes. Graves traumatismos psicológicos. Para que sociedade vamos?! Que podemos esperar destes jovens, os que torturam e os torturados?! Os protestos caem todos os anos no vazio! Afinal, quem pode fazer frente a esta inversão de valores humanos?! Não haverá ninguém?!!!

26/9/2017
T.F.P.


(Este texto foi postado no Facebook como comentário à postagem de João de Melo sobre o mesmo assunto, em 26/9/2017)

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Ainda as praxes auto-denominadas académicas:

As brincadeiras que se faziam em Coimbra há muitos anos, nada tinham de torturante ou amesquinhante da personalidade humana! Isto que se passa agora é semelhante ao bullying praticado já nos níveis primário e secundário. O bullying, ou a sua sucedânea universitária praxe, comportam actos lesivos do cérebro humano, tão sensível à violência. Não há praxes bem feitas, como alguns dos seus defensores dizem. E porquê? Porque exercer castigos corporais sobre crianças ou jovens, em especial, é extremamente lesivo da mente humana.

(Texto postado no Facebook em 27/9/2017)

Teresa Ferrer Passos

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