quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Fim do holocausto, em 27 de Janeiro de 1945

MEMÓRIA da libertação do Campo de Concentração e Extermínio Nazi de Auschwitz pelas tropas soviéticas em 27 de janeiro de 1945.

A palavra holocausto ressurge com Hitler, na 2ªGrande Guerra Mundial: significara o sacrifício ao "deuses", praticado em Israel no 2º milénio a.C.. A vítima era humana ou animal e morria queimada numa pira.

Lembremos a referência da Antiga Escritura ao sacrifício de uma criança, Isaac, filho de Jacob. O pai julga agradar ao Deus único ao sacrificar pelo fogo o próprio filho. Depois, compreende que se enganava. Deus repreende-o.

 Terão os nazis imitado, em grande escala, essa crueldade abominável, para agradar aos seus "deuses" e, assim, obter a sua proteção?!

27/Janeiro/2021
                                                                       Teresa Ferrer Passos

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Passagens de...



STABAT MATER (3)


«Perante o insólito, Maria esperava os instantes, sem encontrar justificação para a Palavra além-do-natural que lhe acontecera. Contudo, como podia estar tudo igual ao antes? Estava mesmo ou parecia-lhe apenas? Ela estava igual à jovem de instantes antes, sentia-o. Antes da paragem do tempo. Antes da visita tão improvável (como espectável?) na terra de Canaã, uma terra sempre à espera de escutar a voz do seu único Deus, de ouvir os oráculos dos seus profetas, dos seus sábios, da Sabedoria. 

Com os pensamentos confrontados com incumbência tão desconcertante do Senhor, Maria sentia medo, não do destino que Deus lhe oferecia, mas de uma paz exorbitante, talvez vinda do fundo dos tempos, e a construir a última idade da insensatez e da injustiça humanas. O mistério do antes, do agora e do depois, perturbava-a. O anjo fora breve. Tão poucas palavras e tão cheias de significação. Era preciso meditar longamente nelas. Descobrir todos os seus sentidos, ler bem os sinais até ao sem limite, até Deus.» 

Teresa Ferrer Passos, Stabat Mater - Contribuição para o Estudo de Maria. Da "Anunciação" ao "Magnificat", da Devoção e das Aparições em Fátima, Hora de Ler, Leiria, 2020, pp. 32-33.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

UM POEMA PARA...




RÉSTIA DE ESPAÇO

                            Ao Fernando no dia dos seus anos

Luz filtrada numa réstia de espaço,
vejo-te num espelho imprevisto.
O teu chegar é presença doce
de abelha calma num dia frio.
A tua voz, suave como um feltro,
ilumina a minha alma. De súbito,
és lanterna mágica, és farol no mar.
E a nossa gruta, que abriga
dos desertos largos e sem sonhos,
foi claridade sem medida.

    14 de Janeiro de 2021
                                        Teresa Ferrer Passos

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Passagens de...


STABAT MATER (2)

A Anunciação a Maria: o instante único

«Olhando em seu redor, Maria começava a vislumbrar um sentido nas palavras que escutava: ela seria a mãe do Salvador, aquele em que "o seu reinado não terá fim" (1), como pronunciara o anjo sobre o menino que ia nascer. Ele será rei, o rei de todos os reis e reinará sem fim. O "Espírito Santo virá sobre mim e eu serei a sua mãe".

Uma mulher seria a porta para o plano redentor que se abria no mundo. Deus mostrava-se ao mundo humano por meio daquela simples mulher. Que bênção que lhe caía aos pés, como se fosse a coisa mais banal do mundo. No silêncio do seu recatado quarto. Sem ninguém para testemunhar o que escutara.

O Filho do Espírito Santo beberia do seu sangue e viveria no seu corpo e na sua ternura maternal; depois, nasceria e estaria com ela até à hora que o Pai O chamasse para a Missão. Era o Santo do Altíssimo, o Salvador; o humilde era exaltado e reinaria para sempre. "Não temas porque não serás confundida" (2) escrevera Isaías. Os escritos antigos revelavam-lhe palavras que pareciam antecipar-se à sua missão anunciada pelo anjo.» 

(1) Lc 1, 33. 
(2) Is. 54, 4. 

Teresa Ferrer Passos, Stabat Mater - Contribuição para o Estudo de Maria. Da "Anunciação" ao "Magnificat", da Devoção e das Aparições em Fátima, Hora de Ler, Leiria, 2020, pág. 26.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

Homilia do Papa Francisco a 6/1/2021 (Dia de Reis)

Papa Francisco, ainda jovem.


Palavras do Papa Francisco (Homilia da Epifania) a 6 de Janeiro de 2021 ("Dia de Reis") in Vatican News (Podcast):

(...) «Herodes e os notáveis de Jerusalém representam a mundanidade, perenemente escrava da aparência. Veem e não sabem ver - não estou dizendo que não creem, seria muito - não sabem ver porque sua capacidade é escrava da aparência e à procura de atrativos: dá valor apenas às coisas sensacionais, aquilo que chama a atenção do vulgo. Entretanto, nos Magos, vemos um comportamento diferente, que poderíamos definir realismo teologal - uma palavra muito "alta", mas podemos dizer assim, um realismo teologal - este percebe com objetividade a realidade das coisas, chegando enfim a compreender que Deus evita toda a ostentação. O Senhor está na humildade, o Senhor é como aquele menino humilde, foge da ostentação, que é precisamente o produto do mundanismo.
Esta forma de «ver» que transcende o visível, faz-nos adorar o Senhor muitas vezes escondido em situações simples, em pessoas humildes e marginais.» (...)

Num Lar de Idosos...

Testemunho de um utente de um Lar de Idosos, em Lisboa:

"Irmos ver os museus e mais a Cinemateca e um café na Cister... Há 10 meses que continuo impedido. Tem sido muito penoso, indescritível. Estou naturalmente muito ansioso, a vacina nunca mais chega. É desesperante!!!... !!!".

O impedimento de sair à rua, mesmo por pouco tempo, há 11 meses, sob pena de ficar confinado no quarto, em quarentena! Eis a terrível realidade que se vive em Lares. Isto vai contra os direitos, garantias e liberdades do cidadão. Como é que, desde Fevereiro de 2020, não se encontraram alternativas a esta solução dramática para impedir o contágio da Covid 19?

6/1/2021
                                                                                            T.F.P.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Passagens de...



STABAT MATER (1)

A Anunciação a Maria: O instante único.

«(...) Naqueles momentos de espanto perante o inesperado anúncio que a fazia saber que ia ser mãe do Salvador, isto antes da coabitação com o noivo, o seu espírito peregrinava por todo aquele saber livresco que tanto gostava de pôr em prática. E pensou, apreensiva, na profecia de Miqueias: "Mas tu, Belém, tão pequena entre as famílias de Judá, é de ti que me há-de sair aquele que governará Israel" (1). Como podia ser em Belém de Judá, se ela era de Nazaré?! Como iria nascer o seu filho e Filho do Espírito Santo em Belém?

O mistério adensava-se e estremecia de susto. Os mistérios envolviam tudo o que respeitava ao Deus de Israel, sabia-o, como o sabia. Entre esses mistérios, adensava-se o mistério da escolha recair sobre ela que estava já noiva, ou seja, tinha celebrado os esponsais com José ainda sem coabitação. Teria um pouco mais de doze ou treze anos, idade normal para o matrimónio da mulher, em Israel.

Tão juvenil, Maria ficava confusa, sem saber o que pensar daquela anunciação sublime, vinda do Deus único. Esse Deus que se lhe dirigira, como sendo ela mais do que Maria, chamando-lhe «Cheia de Graça».

(1) Miq 5, 1

In Teresa Ferrer Passos, «Stabat Mater ─ Contribuição para o Estudo de Maria», Leiria, Hora de Ler, 2020, pp. 16-17.