quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

As Aparições de Maria e os padres reacionários à novidade

1ª Capelinha das Aparições construída
no lugar da azinheira das Aparições de 1917 (Fátima)

Há padres que pensam a fé, o mistério da relação de Deus com alguns seres humanos, às avessas. Tentam talvez ser mais consentâneos com o materialismo da sociedade pós-verdade, como se lhe chama agora. Chegam a publicar artigos em jornais digitais como o «Observador» (sobre as Bodas de Caná, veja-se artigo do padre G. Portocarrero de Almada). Ou em revistas de ordens religiosas, como os Franciscanos Capuchinhos, dirigindo verdadeiros insultos à Virgem Maria (e Lúcia, Jacinta e Francisco), que se torna opositora e entra em competição com a vontade de Deus. A propósito das Aparições, em Fátima de 1917, considerando-A em oposição à vontade de Jesus, de Deus e à Bíblia! Veja-se a revista «Bíblica» dos Franciscanos Capuchinhos datada de Maio-Junho de 2017 (ano do 1º Centenário das Aparições de Fátima). Lembro algumas expressões como por exemplo: "Fátima não é o evangelho de Jesus"(Lopes Morgado, p.10); "Contra o Filho: nas revelações privadas, os anúncios de Maria opõem-se às palavras de Jesus recolhidas no Evangelho"; "A Bíblia ensina que a ideia de salvar a humanidade é de Deus", enquanto Maria "alerta de que Deus nos quer castigar, quer destruir o mundo, acabar com os pecadores, enquanto ela se esforça por nos salvar" (Ariel Álvarez Valdés [tradução], pág.18 e 19). Muitos mais exemplos poderiam atestar a campanha desenvolvida por eclesiásticos da Igreja Católica contra o fenómeno Fátima, Lourdes, etc. O que escrevem nada esclarece, antes cria grande confusão entre aqueles que acreditaram e acreditam que, por exemplo Lúcia, disse a verdade, que ouviu com todo o concretismo e perceção da Senhora do Céu, nas Aparições e não de uma visão mental, porque a Deus nada é impossível e o Céu sempre optou por falar com os seus filhos prediletos, rosto no rosto, e não abstratamente.
  
31/1/2019
  
Teresa Ferrer Passos

«Uma igreja cada vez mais dividida é o que há de menos cristão...»
T.F.P.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Que sociedade contemporânea?

Acerca de «Alerta vermelho ao Estado laico», artigo de Graça Franco in RR (28/1/2019):

Graça Franco acentua, neste artigo lapidar, a confiança que o Papa apontou aos jovens cristãos, reunidos na cidade do Panamá, esses jovens que devem ser guiados pela Paixão por Cristo e, assim, capazes da revolta, da libertação e da rutura com uma sociedade que manipula mais do que liberta, uma sociedade que domina mais do deixa ser, como se é. E, como anuncia Graça Franco,"gente apaixonada é capaz de tudo". Por isso acautelai-vos, sociedade dos amanhãs vãos e desesperados, sociedade do adiamento de soluções, um dia podem ter perdido o controle do lugar entronizado em que se sentaram, incautamente. Este o aviso esboçado por Graça Franco, a partir das palavras talvez proféticas do Papa Francisco.
28/1/2019 (in RR Comentário)
Teresa Ferrer Passos

domingo, 27 de janeiro de 2019

Jornadas Mundiais da Juventude em 2022, em Lisboa

Portugal de parabéns e todos os Portugueses! O Papa Francisco entregou a Portugal a organização das próximas Jornadas Mundiais da Juventude, em 2022, na capital, Lisboa.

No cenário do Tejo, o mundo que Camões exaltou em "Os Lusíadas", a vocação atlântica expressa no mundo que Portugueses e Espanhóis descobriram, simboliza bem o espírito ecuménico desta iniciativa, agora entregue aos Portugueses pelo Papa Francisco.
27/1/2019 (in Facebook)

Uma escolha muito importante para dimensionar o único verdadeiro Salvador e Portugal, no mundo. Esperemos por 2022, sempre a trabalhar para que o Encontro, palavra tão importante para Jesus Cristo, o Encontro à escala planetária, aconteça!
 
28/1/2019 (in Facebook)
Teresa Ferrer Passos

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Um poema de Carlos Carranca:


«HOMO SUM»

«Da vila / guardo o cheiro a tília / à chegada do poeta. / Não sou de cá, / mas amo-lhe as artérias, / o rosto velho, a torre da vigília. / / Homem sou, / pequeno deus, fauno do mundo. / Aqui, obrigado / a um verso mais sonhado, / e mais profundo. / / Homem que não cabe / num verso como a vida / não cabe numa praga, / de fraga em fraga / a aventura. / / A vila, / entre o céu e o rio / hesita. / Mas, o poeta, / humana face da loucura, / lança-se à aventura / e ressuscita.»
 
Carlos Carranca, Ressurreição, 1992, pp.12-13.

Comentário publicado no Facebook: Com o voto de melhor saúde, em breve, aqui lembramos o dia em que conhecemos essa terra idílica por intermédio do amigo Carlos Carranca, na hora da Apresentação do seu «Serenata Nuclear», no ano de 1995, em Mesão Frio. Beijinhos. Abraço do Fernando Henrique de Passos.
17/1/2019
Teresa Ferrer Passos

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Os deficientes sem direitos?!

Os deficientes, essa "raça" aberrante são tantas vezes olhados como estando a mais...

Os deficientes, que a sociedade, e até muitos cristãos, vê como se fosse uma "raça" aberrante.

Na verdade, vivem numa sociedade que se esquece das suas limitações e não admite reconhecê-los com justiça, antes se abespinha quando um deles reclama pelos seus direitos, como por exemplo, restaurantes e pastelarias com sanitários sem acessos por escadas ou elevadores em habitações a que não se chegue a estes, senão depois de vários degraus...

13 de Janeiro de 2019
Teresa Ferrer Passos

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

A janela


                                                Ao Fernando, no dia dos seus anos

quantas palavras, que há a mais,
senão mais um dia, senão mais um ano?

os anos nada dizem senão que crescemos,
crescemos um pouco mais, algo se acrescentou a nós,
e digo nós, porque a verdade é que só um nós
tem significado para mim,
só um nós, é um tu e eu sem distinção.

hoje é o dia dos teus anos.
anos, dias, horas juntam-se
e abrem-nos a janela da luz, do encontro, do amor.

14 de Janeiro de 2019
Teresa Ferrer Passos

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Um poema de Carlos Lopes Pires, no dia do falecimento de sua mãe, Noémia, há 4 anos




o que resta de ti


são já só as lembranças
reveladas em alguns sinais
que foram ficando com as feridas

é claro
existem certas imagens
que ficaram retidas em palavras

uma neblina
que se formou com o tempo
e ruídos de portas
que nunca mais se abriram

há mesmo
uma memória muito antiga
para a qual não encontro
uma só palavra que sirva

embora
já tudo tenha existido
numa única
palavra

8/1/2019
                Carlos Lopes Pires

sábado, 5 de janeiro de 2019

O Nascimento de Jesus, os Reis Magos e Herodes


- Majestade! acalmai-vos! não vos precipiteis! ainda não vos foi revelado tudo o que o oráculo de Tiro me confidenciou - interrompeu o fenício, irritado.
- O que falta dizerem?! - exclamou o rex. - O que esperam para me dar todas as informações sobre esse rei destruidor da ordem que eu estabeleci, que eu consolidei com tanto sangue de soldados e generais, e cujos cadáveres ficaram secando e misturando-se com a poeira nos campos de batalha ou nos saques das cidades ou nos cárceres dos inimigos… - divagou Herodes, inconformado. - Ah, como me perco em divagações inúteis… dizei-me depressa onde está esse rei, que tudo transformará à sua chegada, que muitos seguirão ainda que o não tenham procurado… dizei-me tudo o que sabeis, antes que me ataque no palácio e me aniquile irremediavelmente… ou invista contra as fronteiras dos meus domínios sem eu ter prevenido as legiões e a cavalaria… e tenha sido colocada vigilância reforçada na hora do seu ultrajante assalto… ah, mas de novo pareço paralizado por ideias terríveis… afinal onde posso encontrá-lo? - interrogou Herodes, a quem todos gostavam de chamar o Grande. 
- Majestade, esse rei ainda não nasceu… nascerá no primeiro instante da vigília do canto do galo, num tempo muito próximo - insistiu o rei fenício, com um ar fleumático».

Teresa Ferrer Passos, Anunciação (romance de Maria), Universitária Editora, 2003, pp. 253-254.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Presidente Marcelo Rebelo de Sousa - Mensagem


A Mensagem-discurso do senhor Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa. Um excelente discurso de Estado ou de um grande estadista em construção.
Recortamos uma breve passagem: «Dignidade da pessoa, de todas as pessoas, a começar nas mais frágeis, excluídas e ignoradas.
Liberdade, diferença, pluralismo, Estado de Direito. Que não há ditadura, mesmo a mais sedutora, que substitua a democracia, mesmo a mais imperfeita.»