quinta-feira, 21 de junho de 2018

Poema-Memória de Paulo Brito e Abreu


Epicédio à partida de D. Albertina Lima Gonçalves

( fala de Maria da Conceição Brito e Abreu perante o passamento de sua augusta Madre)

«Em verdade, em verdade vos digo:
 se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer,
 fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto.»
Evangelho de S. João, 12: 24

Alma pura, que foste uma avezinha,
Minha terna Mãezinha de amaranto,
Perante vós, ó Mãe, Amor se inclina,
O Sol Te oraculiza, e cala o canto.

Se lá, no divo assento, és Tu menina,
Se o Padre Joaquim é qual encanto,
Tu volve, sobre nós, diva divina,
Às Almas Tu of’renda Amor e manto.

Das Madres musicais és Tu Rainha,
Tu és, numa quimera, o Santo Graal.
Oriunda, nos orbes, duma linha

De Santas, e varões de Portugal,
Tu foste, no aljôfar, Albertina,
Que Te cante uma Lira matinal.

Queluz, 29 e 30/ 04/ 2018

                AVE MARIA, GRATIA PLENA

                           Paulo Jorge Brito e Abreu

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