domingo, 18 de outubro de 2015

RECONHECIDOS SANTOS: O CASAL ZÉLIE E LOUIS MARTIN


O Papa Francisco canonizou hoje, no Vaticano, os pais de Santa Teresa do Menino Jesus e da Santa Face, Louis Martin e Zélie Guérin Martin. Este casal, modelo do amor conjugal, tal como Jesus o enunciou claramente, foi o primeiro casal a ser canonizado em conjunto, com exceção dos casos de martírio.

Sua Santidade declarou que os novos santos "viveram o serviço cristão na família, construindo dia após dia um ambiente cheio de fé e amor; e, neste clima, germinaram as vocações das filhas, nomeadamente a de Santa Teresinha do Menino Jesus".

Esta canonização homenageia o casal exemplar. Um amor a viver por Louis Martin para além da morte de Zélie Martin. A cerimónia aconteceu durante o Sínodo dos Bispos sobre a família, que decorre até ao próximo dia 25, e no Dia Mundial das Missões, de que Santa Teresa do Menino Jesus é padroeira.

Teresa do Menino Jesus com o pai

Excertos da monografia de Teresa Ferrer Passos intitulada
Santa Teresa do Menino Jesus e a Força dos seus Pequenos Caminhos,
Edições Carmelo, 2013, pp. 51, 67 e 72:

«Atormentada pela doença, a procura das memórias maravilhosas da sua infância, acentua-se. Escrevia no poema "O Cântico de Celina" datado de 1895: "Oh como eu amo a recordação / Dos dias abençoados da minha infância" (Santa Teresa do Menino Jesus, Obras Completas, p.710). (...)»

«O olhar, a voz, o perdão, e, finalmente, o repouso, a decorrer de tanto ter sido amado [Jesus] na fidelidade e na confiança de Teresa. Eis o amor esponsal a atingir a sacralidade, a chegar ao Céu, a subir com os braços de Jesus às moradas divinas. Este amor superior que Teresa vive na mais mística e na mais pura das paixões pode encontrar os seus fundamentos no próprio casal Martin − essa mãe carinhosa e tão cedo morta, e, esse pai bom, sempre a condescender e sempre sofredor até à prolongada doença que o conduziria à morte.(...)»

«A memória dos anos que se seguiram à morte da mãe tinham ainda viva a comunhão carnal com a mater originalis, essa mãe que numa das suas cartas datada de 4 de Março de 1877, não pára de falar daquela filhinha de respostas inteligentes e com "um olhar" em que lhe notava "qualquer coisa de celestial" que "a encantava" (Obras Completas, p.86). Ao lado das irmãs, estava a figura amada do pai que constitui, também ele, mais um resquício da memória da mãe. Mas, a afectividade inexcedível do pai com Teresa, "a sua rainhazinha" avivava sempre a imagem da maternal imagem presente na senhora Zélia Martin.(...)»

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