terça-feira, 17 de setembro de 2013

O rio do meu jardim


O RIO DO MEU JARDIM

(invoco, para a Musa, o 6 de Paus)

«in memoriam» Teixeira de Pascoaes

No rio do Paraíso havia bdélio e ónix
No rio do meu jardim havia bdélio e ónix
Os pássaros sobrevoavam o campanário eclesial
E as flores eram mais doces que o mel
No rio do meu jardim
Onde havia bdélio e ónix
Porque me curavam de todos os meus males
E eu nunca estava doente
E tinha asas que eram transparentes
No rio do meu jardim
Depois então, a minha companheira
Comeu o fruto que estava proibido
O nosso Criador tinha-lhe dito que não, que não o comesse,
Mas ela comeu-o, infelizmente,
E agora - pobre de mim!!!
Tenho de morrer novamente para voltar outra vez
Ao rio do meu jardim

Lisboa, 13/ 07/ 1979


AD MAJOREM DEI GLORIAM

Paulo Jorge Brito e Abreu

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